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Ei! Quem foi que te falou que você precisa-me superar? Que eu saiba a gente só deve tentar superar aquilo que não tem mais volta, mas meu bem, a gente ainda tem volta. Nada de chorar, postar fotos selfies e colocar na legenda que pra frente é que se anda.
Ei, mas carro tem marcha ré. E mesmo que ela só deva ser usada para o carro voltar um pouco, quem foi que falou que estamos tão longe assim. Aliás, quem foi que disse que não mais te quero? Tá certo. Admito que fui um babaca ao não ter ido falar com você, mas precisava você ter andado alguns segundos antes agarrada com aquele cara com quem tinha ficado antes?
E porque você não foi naquela festa? Fui só pensando em encontrar você por lá, e de manhã já tinha sonhado conosco nessa festa, nos beijando e você mordendo minha orelha esquerda. Mas você não estava lá, você não está aqui.
Você precisa mostrar que é superior a mim, quando na verdade lá no fundo está sofrendo. Disso eu não mais tenho medo, pois sempre que sofro por uma garota, ela é a primeira a saber, de uma maneira ou de outra. De certa forma jogo a responsabilidade de não ficarmos juntos pra cima dela, mas é o que venho tentando a tempos e não está funcionando. Sempre no final, quando nos dizemos adeus, imagino e faço teorias de que a culpa é toda minha.
Queria que você acreditasse em mim, eu já te superei. Na verdade é o que repito para mim todos os dias, mas depois venho e escrevo uma carta como essa, e aí percebo que não te superei. Percebo também que queria ter olhado para você naquele dia, mas preciso superar você.
Que loucura não é? Ainda gostamos um do outro, mas ninguém dá o braço a torcer. Aliás, eu dou, ou será que ter-te mandado uma mensagem no Facebook não adiantou nada? Ou será que curtir todas as suas fotos não é um sinal.
Mas acabou, estou apaixonado por outra garota e essa não tem medo de dizer que sente algo por mim. E ao chegar ao final disso percebo que quem precisa superar algo sou eu.
*Esse texto pertence ao Cartas Para Elas, um apêndice do romance Desilusões Apaixonadamente Amorosas, e fala sobre a personagem Sofia.
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calma jovem!
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Calma nada, quero ela!