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De vez em quando me pergunto: Qual o meu papel nesse mundo?
E aí me lembro de quando ouvi a seguinte frase: “Isso faz parte da arte da vida”.
Então… Quer dizer que fazemos parte do grande teatro da existência?
Hum… De certo modo, até que faz sentido. Quantas pinceladas já passaram pela minha vida? Quantas vezes utilizei as cores para que não fosse um simples dia preto e branco? Quantos tons? Quantas tintas? E eu, algumas vezes até me senti um artista. Não sei se minha vida é uma comédia ou um drama, não sei se é melhor sorrir ou chorar, mas de vez em quando parece mesmo um filme.
Algumas vezes me sinto desafinado, como se algo estivesse diferente, não consigo sentir a música nem a melodia. Sinto que devo caminhar pelo tom certo, e aumentar minha sensibilidade, melhorar minha perspectiva. Quem sabe devo mudar meus passos? Acrescentar ritmo? Quer saber? Talvez eu não deva mudar nada. Se a vida é uma arte, será que eu sou um desenho? Mas… Quem me desenhou? Se realmente eu for um desenho, não quero ser um rascunho, muito menos um rabisco, desejo um dia me tornar uma obra-prima, ser modelado, esculpido, tomar forma, e alterar a forma quando for possível. Quero mudar de cor e de textura também, quero-me transformar, ter vários ângulos e várias dimensões.
Se a vida é realmente uma arte, quero-me sentar e observar cada detalhe, e enquanto isso acontece, uma trilha sonora cairia bem. Mas… E se não tiver arte na vida? Se isso for verdade, deixe-me apenas sonhar. Em meus sonhos o mundo parecerá mais belo, pois eu estarei enxergando da maneira que imagino.