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Essa semana algumas situações me fizeram rever como o amor é visto e divulgado na sociedade erroneamente. É impossível contar quantas páginas existem por ai falando dos ciúmes como algo legal: “Eu não sou violenta mas mexe com meu homem e eu te mostro minhas habilidades com as facas” ou “Não é ciúme é medo de perder, quem ama cuida”. E assim as gurias aprendem, impregnam em suas cabeças a forma errada de amar, e logo em seguida reclamam que homem não dá valor e amar é sinônimo de sofrer. Não! Definitivamente não é assim!
Uma monja muito simpática disse uma vez a diferença entre amor romântico e o amor genuíno. No primeiro, as pessoas vivem grudadas, criam expectativas, medo de perder e por fim é isso que ocorre, sofrem muito quando perdem. Isso não é amor, é apego. No amor romântico a pessoa espera ser feliz, que o amado a faça feliz, porque afinal ela ama-o, já o genuíno diz o contrário, ele deseja que o amado seja muito feliz porque o ama e só quer coisas boas para ele e se isso incluir quem ama será ótimo caso contrário a felicidade do amado já é suficiente.
As pessoas que não tem amor próprio esperam muito das outras, porque esperam que elas preencham o vazio, a insegurança e os problemas que elas mesmas criam e não conseguem solucionar. Elas esperam um ser ideal, mas o outro também espera, e será que essa pessoa insegura, ciumenta, e possessiva vai suprir tudo o que o outro deseja também?
Outra pessoa que vem me inspirando muito é o Osho, ele fala especificamente sobre o amor, a forma mais correta de se amar. Primeiro devemos ter em mente que a palavra Love vem de cobiça e amar e cobiçar são coisas distintas. Você não consegue amar alguém quando não se ama, quando cria expectativas, quando sente ciúmes, quando cobiça. O verdadeiro amor só vem daqueles que conseguem ficar só em sua própria companhia. É como alugar uma casa quebrada para os outros, nem você a suporta como os outros irão? O verdadeiro amor não decepciona, porque dele só queremos a felicidade do outro, a companhia do outro e que ele se sinta bem ao nosso lado. Caso ele se sinta bem ao lado de outra pessoa, você irá ficar feliz com isso, porque o importante é a felicidade do outro. Só quem é maduro de verdade suporta isso e ama verdadeiramente.
Mas o que é um relacionamento para você? É viver sufocado? É não pode sair com os amigos? É ter que dar satisfação de tudo? É não ter liberdade? Relacionamento não pode ser sinônimo de cativeiro, e acima de tudo, relacionamento não pode ser algo só para mostrar para a sociedade ou um dever porque assinou um papel para o governo. Relacionar-se é o segredo, é a forma de conviver diariamente, de agradar, conquistar, se sentir bem, feliz, mesmo só. Você tem que aprender a conviver consigo mesmo se não jamais conseguirá viver com o próximo. Por fim, amar é saber conhecer cada pessoa todos os dias, porque a cada dia nós mudamos, como diria Sartre: Só é possível definir o perfil de alguém em sua morte. E desse modo, tiramos como conclusão do amor que é importante também aprender a lidar com a rejeição, dar segundas chances e que é impossível concluí-lo e assimilá-lo em algumas linhas.