As manifestações e a baderna que causam

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imagem tirada do site http://cienciahoje.uol.com.br/
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Durante algum tempo confesso que até vi um pouco de inteligência nos protestos que começaram em São Paulo e foram se expandindo por todo o país, tinha-se um motivo razoável para se protestar, fazendo com que o movimento fosse plausível. Contudo após mais algumas dezenas de protestos, a coisa toda perdeu o sentido e virou desculpa para a baderna.

As primeiras manifestações foram pelo dito aumento das passagens de ônibus na capital paulista, o esforço foi valido e o preço se manteve, mas enquanto isso não acontecia várias cidades do interior e de outros estados se mostraram “solidárias” a causa, porém sem motivo algum. Posso dizer isso porque na cidade em que morava na época nem transporte público tinha (por conta do tamanho da mesma) e a população foi às ruas.

Passados mais alguns meses surgiu uma onda bizarra de queima de ônibus, por vários motivos que não irei citar, mas que me faz pensar que nossa querida população não pensa no que faz. Pede redução da passagem e age a favor do aumento. Hoje, mesmo sendo usuária de transporte público sou a favor do reajuste no preço da passagem, afinal as empresas não são obrigadas a arcar com os gastos causados por vândalos e ainda assim manter os custos baixos para os usuários.

Agora a mais recente moda entre os protestantes é marcar data para várias categorias se unirem para dar evasão à baderna. Digo isso porque quase sempre a coisa começa até organizada, mas depois entra gente que não tem nada a ver com o tema e se aproveita da grande quantidade de pessoas para se camuflar, roubar e queimar algumas lixeiras, ou seja, bagunçar com tudo e sair ileso. E o motivo do protesto? Ninguém lembra depois da discórdia toda, a única coisa que permanece na memória do povo é o rastro de destruição deixado por certos aproveitadores.

Não sou contra as pessoas buscarem seus objetivos, pelo contrário, sou a favor do aumento do salário dos professores, de condições de trabalho mais adequadas e de salários melhores. Mas está na hora de revermos o conceito de protesto, e fazer uma logística mais adequada para que a verdadeira razão de se protestar não seja coberta e ofuscada por indivíduos que só pensam em estragar nossas cidades e convicções.

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