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O que é veneno? A pergunta parece extremamente simples. A reposta poderia ser: É uma substância que ao ser ingerida leva a pessoa a morte ou paralisia. Mas, e quando o veneno não é uma substância? Você já parou para pensar nisso? Quer dizer, existem alguns elementos que nos entorpecem e não necessariamente são substâncias que resolvemos tomar de livre e espontânea vontade. Quando isso acontece muda-se totalmente a equação.
Você saberia me dizer o que te envenenou recentemente? Não. Você não vai me dizer que nunca foi envenenado? Você tem coragem de manipular a verdade assim? Que tal optar pela sinceridade? Pode dizer. Caso não tenha essa coragem pelo menos pense: o que levou você a uma paralisia momentânea? Ou ao seguinte lapso: Eu não acredito que tal pessoa fez ou falou isso.
E então se apresenta o ápice do espetáculo: Você percebe que o ser humano carrega o veneno nas veias. Triste dedução meu caro, ou minha cara. Mas cá entre nós, preciso utilizar um pouquinho de veneno e dizer: Você também é um ser humano. Sim é verdade. Agora me diz: Qual foi a última pessoa que você envenenou? Ela morreu? Você por acaso matou alguns sonhos e projetos da tal pessoa? Não se preocupe, admitir é o princípio da redenção.
Entre todo esse caos existe algo chamado antídoto, poucos têm, e poucos conhecem. Sabe por quê? Porque o antídoto é feito do veneno, e se você não reconhece o seu veneno, sinto muito, mas provavelmente você vai danificar muitas vidas. Trata-se de um princípio muito mais antigo do que eu e você: Conhece-te a ti mesmo. Talvez assim as pessoas sejam menos envenenadas e menos venenosas, eu disse talvez. Com o tempo alguns antídotos param de funcionar, e alguns venenos se reorganizam e formam diferentes tipos de dor. Então a busca pela compreensão de si não deve cessar. Aí, então, pode se dizer, que há alguma esperança, talvez, quem sabe.