A polêmica de Pier Paolo Pasolini em seus dias de Sodoma

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O diretor Pier Paolo Pasolini conseguiu concentrar em um filme sua maior e mais polêmica obra. Baseando-se em livro de Marquês de Sade, o diretor declaradamente esquerdista de extrema, um grande adepto do comunismo, viu em “Os 120 Dias de Sodoma”, ou como também é chamado, “Salò”, a possibilidade de fazer uma crítica abstrata ao que foi o fascismo na Itália e principalmente sobre alguns autoritarismos, como o religioso. Fazendo assim uma abordagem muito polêmica sobre o assunto e consequentemente criando um dos filmes mais cultuados e criticados (ambiguidade é pouco para definir) nos circuitos de cinema underground.

Os 120 Dias de Sodoma: a polêmica de Pasolini

O filme contém cenas totalmente extremas, com muita violência, abusos sexuais, torturas das mais variadas e a exploração de um ambiente bizarro para qualquer concepção de sociedade “normal”. Algo que é totalmente intencional, com o intuito de chocar, de criticar e principalmente de chamar a atenção.

120 dias de sodoma

Este filme foi provavelmente o causador da morte de Pasolini, que foi assassinado por um garoto de programa, pelo menos era isso que inicialmente pensava-se. Porém diversas opiniões controversas surgem, afirmando que se tratou de um crime político, contra um opositor do sistema, que levava consigo sempre a bandeira do comunismo e do extremo esquerdismo político.

Os 120 Dias de Sodoma não é indicado para quem apenas analisa quesitos técnicos e efeitos especiais. É na verdade recomendado para quem quer entender mais profundamente como Pasolini fazia sua arte e como ele se expressou sobre um movimento tão polêmico, gerando como resultado outra polêmica, que até hoje é cultuada e reproduzida.

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