Tempo de leitura: 2 minutos
Absurdos R$ 3.999. Esse é o preço do Playstation 4 no Brasil. Muita gente reclamando e querendo explicar o preço. Tem gente que diz que tá caro, tem gente que diz que os impostos estão altos. Todo mundo está tentando achar uma explicação para o preço absurdo, mas tenho uma, e é bem simples, a conta que a Sony fez está errada, não o cálculo em si, o preço mesmo.
Vejamos, nos Estados Unidos o PS4 vai custar USD 399, se convertermos para real dá R$ 870,93 que corresponde a quase o preço de transferência do PS4. Com uma única ressalva, o preço de USD 399 praticado lá nos EUA já contem a margem do varejista, que é o que ganha uma loja quando vende o console. Então tecnicamente o preço do PS4 no Brasil está vindo com a margem do varejista duplicada, ou seja, o preço de transferência não está correto.
Outro detalhe é que o produto é importado e, portanto, sua tributação é no valor declarado lá nos EUA. E os impostos não podem passar do preço do console, pois isso seria absurdo.
Não sou um profundo conhecedor de impostos e tributações, mas vamos fazer uma continha básica para mostrar que tem gente ganhando muito dinheiro nisso (leia-se Sony). USD 399 é o preço cobrado nos EUA, temos então uma taxa de transferência de R$ 870, porém esse valor já vem com a margem do varejista. Temos ainda a margem do distribuidor, que vamos usar apenas um terço do que está presente no infográfico, sendo R$ 291. R$ 870 + R$ 291 = R$ 1161.
Agora vamos aos impostos, calculados sobre o suposto valor de venda. Temos R$ 1161 + 63% (731,43) = 1892,43. Vamos arredondar e esquecer o desconto da Sony, supondo que ela irá gastar isso com logística para distribuição do console. Temos então o preço de R$ 1.999, o preço correto do Playstation 4.
Sabe onde está o erro nesse infográfico divulgado pela Sony Brasil? A conta está sendo feita de trás para frente, o que é errado, já que o correto seria fazer a contra de frente para trás, mostrando a que preço o console chega no Brasil.
Sony Brasil, por favor, não nos chame de burros.
Fonte do infográfico: Administradores