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Essa é a pergunta que fiz um dia desses, será mesmo que você desistiu de mim? Será mesmo que esqueceu tudo aquilo que sentia por mim? Tudo aquilo que infelizmente não valorizei na hora.
Agora já é tudo diferente, não estamos mais nos vendo quase toda semana, você agora tem um namorado, enquanto estou entregue a desilusão. Desilusão de ter perdido você, que parecia tão fácil, que esqueci de tentar.
Mas calma, nada se explica assim facilmente. Sim, eu quis você, o problema era sua amiga. Essa sua amiga foi colega minha anos atrás, depois de alguns anos a adicionei no Orkut, mas quando a vi cara a cara, não tive coragem de falar, e por isso nunca mais tive coragem de falar com ela.
E infelizmente você ia todos os dias para o colégio junto dela, então não conseguia-me aproximar, sua amiga de alguma maneira era um empecilho. Teve até um dia que pensei em sentar perto de você no ônibus, mas nesse dia você sentou do lado de outro colega seu, que infelizmente tinha pegado o mesmo ônibus que nós. E então tudo foi embora.
Não sem antes você estar sozinha de novo, mas dessa vez meu coração já estava em dúvida sobre outra garota, e essa garota impedia que qualquer outra chegasse perto do meu coração. Mas não deu certo com essa, e esqueci de lembrar de você.
Até que nessa semana você apareceu, te vi do outro lado da rua e pensei em olhar nos seus olhos quando cruzamos pela faixa de pedestre, eu olhei, mas você não olhou, e de mim você desistiu. Talvez tenha desistido mesmo, ou talvez seja apenas medo de que eu possa abalar a sua relação com o seu namorado.
Porém te admiro, você me superou, mesmo que eu não tenha sido um capítulo importante da sua história, e é por isso que te admiro, pois nunca consegui superar muitas das minhas ex-paixões, e isso até cria desilusões. Você é forte I., e não te mereço, mas tenho certeza que enquanto você existir, lá no fundo, nunca vou desistir de você.
*Esse texto pertence ao Cartas Para Elas, um apêndice do romance Desilusões Apaixonadamente Amorosas.