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Sem professor não há desenvolvimento, não há país.

Nesta quarta (11), o governador de São Paulo, Geraldo Walkman Alckmin, anunciou que 374 mil professores e funcionários ligados ao quadro do magistério do Estado serão beneficiados com um aumento gradativo do salário-base em 42,2% ao fim de 4 anos. A partir do dia 1º de julho, um ajuste de 13,8% em 2011 já será aplicado. Há previsões de ajustes de 10, 6 e 7 porcento para 2012, 2013 e 2014, respectivamente.
Mas será o suficiente? Será que é só a satisfação de ensinar que querem ter os professores?
Ser professor é plano de apenas DOIS porcento do alunado brasileiro. Os outros 98% podem ter filhos e seus filhos, netos. Essas próximas gerações precisarão conviver com uma já observada escassez de professores!? Assim, vai chegar um tempo em que ser professor vai valer ouro e pode ser que a porcentagem de metas se inverta.

É fato que esse tempo não está muito longe, já que tem se tornado raro um jovem dizer que quer ter o ensino como emprego. Claro que a vocação para o trabalho e o prazer de imaginar-se ante uma turma, de costas para a lousa, também influenciam. Mas para todo esse empenho e vontade, há de haver incentivo plausível.
Vou até aproveitar o assunto e postar aqui um texto de uma poetisa portuguesa que tive o prazer de conhecer pessoalmente.
“Primeiro Deus, em segundo, o Doutor.
O Doutor e o Professor
Trabalham todo dia.
É tão difícil falar este verso…
O Professor, o Doutor,
O dom do Doutor
Que trabalha noite e dia.
O dom carrega na cabeça,
E a responsabilidade no coração.
É tão difícil compreender,
Mas todos nós sabemos,
O Doutor e a Enfermeira,
Uma responsabilidade tão verdadeira.
Conseguimos ver, viver e entender:
Sem Professor não há Doutor.
Sem Professor não há progresso.
Que o nosso mundo saiba compreender:
Todos os passos que dou
São letras que não escrevo.
As curvas são saudades,
E assim continuo caminhando e procurando
As letras que não aprendi.”
(NUNES REIS, Umbelina do N. Nós e o mundo. Portugal, 19??)
A senhora que escreveu esta poesia não sabe ler nem escrever, não teve um professor que lhe ensinasse fazê-lo, mas reconhece e sabe muito bem a importância dos mestres.
Todos pela educação? Isso começa por quem a constrói. Valor ao professor!
Texto por Rafael Fernandes.
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Com um bom salário muito mais gente iria querer ser professor. Além do que iria valorizar a profissão.
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Flavio Santos,
Com certeza.
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Exatamente, Flavio. Foi o que eu disse… se houver justa valorização, a porcentagem de metas poderia até se inverter, isto é, 98% do alunado querendo seguir o magistério.
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Só assim teremos melhores professores, pois eles trabalharão felizes e terão dinheiro para gastar em especializações.
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Raul Vilela,
Com certeza.
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Raul. Foi muito importante destacar a questão das especializações, porque às vezes o que falta a um graduado para fazer uma pós é justamente o dinheiro. Querem profissionais especializados, só não dão subsídios para que isso ocorra. Bem observado seu comentário. Obrigado! Só espero que autoridades no assunto leiam esse meu texto… rsrs.