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Existe um médico que sempre vou me consultar com ele. Por ele trabalhar num daqueles prédios que tem vários consultórios, a rua onde fica o local está sempre lotada, e é difícil parar o carro por lá. A questão é que existe um estacionamento bem próximo ao prédio, e acontece que sempre que eu vou ele está vazio. Comecei a me perguntar por que isso sempre acontecia, e talvez tenha chegado numa resposta.
Até um tempo atrás o local onde está o estacionamento era um local bem danificado, e sem estacionamento. Depois de um tempo o local passou por uma reforma, e lá virou uma praça bem bonita. Como consequência construíram um estacionamento bem no local. Só que como não havia estacionamento, ninguém costumava parar lá. Depois da reforma simplesmente ninguém parou. Eu mesmo duvidei de que aquilo era um estacionamento, mas acabava sempre parando. Toda vez que eu chegava pra consulta, não havia nenhum outro carro. Depois que eu saia sempre havia carros.
Comecei a pensar sobre o porquê disso, e cheguei a conclusão que temos medo do diferente. Temos medo de estacionar onde antes não era um estacionamento, e onde não sabemos que é um estacionamento, por mais que a arquitetura diga que é. Também temos medo de ser o primeiro a ir por um caminho desconhecido, por isso, após eu parar lá, sempre iam carros, é que agora já não era mais desconhecido, e olha, eles viram que era um estacionamento.
Estamos acostumando a estacionar no local cheio, correndo o risco de ser multado ou baterem no nosso carro, ao invés de simplesmente andas mais 5 metros e estacionar numa praça que tem estacionamento, e que olha só, está vazio. Sim, realmente devemos ter cuidado ao fazer diferente, ao mudar tudo o que fazíamos até agora, mas não podemos deixar isso nos impedir de tentar, de tentar parar o carro num local melhor.
Fazendo sempre o que todos fazem, perdemos a chance de fazer diferente e nos destacarmos, ou menos, como no caso do carro, ter sempre um local pra parar. Vá atrás do desconhecido, tome cuidado sim, mas não faça o que todos sempre fazem, às vezes o povo é a voz de Deus, mas às vezes a unanimidade é burra.
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Muito bom, parabéns pelo texto.
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Obrigado Lucas Tomaz! 🙂
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Realmente…