Por favor, não renuncie a mim

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Garota flertando

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Renunciar, verbo intransitivo que pode significar negar, recusar, rejeitar, deixar de acreditar em. E esse verbo se adéqua bem ao que quero de você, quero que não desista de mim, ao menos não ainda.

Encontrei você naquela festa, você estava linda, e assim que te vi disse que sairia daquela festa com você. Mas a vida me surpreendeu, e antes mesmo de que eu fizesse algo, por ironia do destino, você deu mole para mim, e sim, eu percebi, mas como sempre não fiz nada, e então, depois de muito esperar, você foi para o outro local da festa.

Quando você desapareceu, pedi a todos os deuses do Olimpo que trouxessem você de volta, que me dessem mais uma chance, eu estava arrependido, e se tivesse outra chance faria dar certo dessa vez. E por ironia do destino, eles me deram mais uma chance, mas não uma chance qualquer, uma chance bem melhor do que a primeira. Dessa vez você estava em pé, descalça, se apoiando na cadeira que sua amiga estava sentada, e estava a apenas um metro de distância de mim. E para quê? Só para que eu pudesse aprender que se a vida te der uma segunda chance, deixa de ser otário e aproveita, pois raramente ela faz isso.

Você foi embora, desejando nunca mais encontrar aquele ser que você deu uma chance, e que chance, mas o idiota não quis ou não soube aproveitar. E eu sou o idiota, o idiota que naquela noite não conseguiu dormir direito, pois estava com a dor, a dor do arrependimento por aquilo que não foi feito. O idiota que passou mais de uma semana para se acostumar com o fato. O idiota que até hoje não superou.

Ver você anos depois do ocorrido não mudou o fato, aliás, só piorou. Ver você e saber que poderia ter tido você em meus braços, e que talvez tudo isso durasse só aquela noite, ou uma semana, um mês, um ano, ou ainda estaríamos juntos até hoje, e não precisaria estar escrevendo essas palavras.

Agora entendo perfeitamente aquela frase que o Pedro Bial disse num dos paredões do BBB do escritor irlandês Oscar Wilde, que “os deuses quando querem nos castigar atendem as nossas preces”.

Por isso peço gentilmente que não me esqueça, mesmo que já faça anos desde aquela festa. E hoje mais do que nunca está impossível te esquecer, pois sei o colégio em que você estuda e a academia que você frequenta, só não sei o seu nome e nem se e quando vou poder falar as palavras certas para te ter.

*Esse texto pertence ao Cartas Para Elas, um apêndice do romance Desilusões Apaixonadamente Amorosas, e fala sobre Anita.

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