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O presidente do Banco Central baixou a lei!

Em audiência, Alexandre Tombini afirmou que esse é o momento certo para adiar o consumo. Há, segundo ele, um “ciclo de aperto” pelo qual o Brasil está passando que pode ser um “pé no freio” tendo em vista a alta dos juros.
Tombini, “o” cara, ainda disse que “não há mudança alguma. […] estamos tratando de dar o destaque necessário para o instrumento convencional”.
Detalhe: na época da “marolinha”, a ordem era: “consumam companheiros!”
Mas agora eu quero saber. Quer dizer então que o dono do BC, o poderoso chefão, quer destaque para o instrumento convencional. Logo, a população é só massa consumidora, a mão que gira a manivela do mercado. E o ser humano enquanto “pessoa”, na integridade do termo?

Veja bem. É um constante desafio entender nosso próprio pensamento acerca do “possuir” e do “existir”. O embate que parece ser mais filosófico do que qualquer coisa é interrompido pelas táticas do marketing, das ofertas atraentes e do mundo impregnado dos valores consumistas que estão sempre a induzir o ser humano a comprar, comprar e só isso.
Deve-se distinguir o que poderá elevar nosso valor enquanto seres (que NÃO vivem com uma coleira presa a determinadas ideologias) do que apenas nos acrescentará aspecto físico e socialmente útil. Pode não parecer, mas essa é a tarefa que o homem do século XXI tenta resolver sem conseguir.
Embora esse “ser criado para consumir” seja moldado pelos valores de agora, pode haver um estágio tão elevado dessa influência que tira o tal ser do foco principal (que é o “ser”) e o transfere para a esfera do “possuir o individual”. Esse estágio pode ser considerado até como mania de ter, isto é, uma certa doença.
Existem valores que devemos ter para que possamos SER: o conhecimento, a ciência do atual e a capacidade de argumentar, entre outros. Já outros valores (bens duráveis ou não) apenas fazem parte do que podemos ter. Seu celular novo cheio de função não vai fazer seu nome surgir na lista de aprovação do vestibular e seu carro zero não vai comprar seu primeiro emprego.
Aqui, governo! Do lado de fora do plenário tem gente que mantém viva a economia que você defende. Não conhece essa gente? Sem problema, eu apresento:

Texto por Rafael Fernandes.
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Eles querem que a gente faça o que eles querem. E não o que queremos e podemos fazer.
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Mary Moreira,
Infelizmente é isso mesmo.