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O mundo tem mudado dia após dia, e falar disso tornou-se uma tendência cíclica, é “tipo” uma daquelas coisas que todo mundo sabe (ou pelo menos acha que sabe), e como diria o grupo Pura Inocência: “Cada um tem seu lugar”, então, apesar de tudo mudar, você faz parte de alguma coisa, ocupa um espaço, nesse nosso enorme espaço social.
Estamos vivendo num tempo em que o imediatismo tornou-se algo natural, tudo é pra já, e apesar de compreender que você ocupa um espaço na hierarquia social, você sabe qual espaço você ocupa? Partindo do princípio que estamos num cenário, e relacionando essa ideia com o cinema, qual seria o seu papel?
Nesse ensaio trabalharemos com apenas quatro posições, e seria interessante que você estivesse em uma delas, se ocorrer de você não se encontrar existe um sério problema, o diagnóstico é: Nesse filme intitulado Sociedade você é apenas o que assiste sentado numa cadeira, e isso se tornou inadmissível nesse nosso século XXI.
Partimos então para a premiação do Oscar, e para começar falaremos do Protagonista (é o personagem principal de uma narrativa, como obras literárias, cinematográficas, teatrais ou musicais. Sobre ele a trama é desenvolvida. As principais ações são realizadas por ele ou sobre ele). A participação desse indivíduo é notória, todos o conhecem, todos sempre falam algo sobre ele, todos querem andar com ele, todos repetem o erro dele, tudo que ele faz vira moda, senhoras e senhores esse é o Protagonista, o principal, o que sempre é visto.
Logo em segundo lugar em nossa escala aparece o Coadjuvante (é aquele que não é protagonista ou é o nome genérico de outros personagens de menor importância, desempenham um papel auxiliar contínuo aos personagens principais, ou surgem apenas ocasionalmente ou irregularmente, aparecem apenas uma vez em uma cena de filme, têm pouco envolvimento com a história). Ser coadjuvante seria então não ser o centro das atenções, e às vezes participar da história, não sei se esse deveria ser realmente o segundo lugar, já que às vezes necessitamos de um momento a sós, um cantinho, entretanto o protagonista é o que sai na capa do filme né, o coadjuvante nem sempre, uma relação interessante a se pensar.
Após esses dois primeiros segue a presença ilustre do Figurante (é o personagem de um filme que não é fundamental para a trama principal e serve apenas como composição do cenário ou formação das personagens principais). Fazer figuração é estar ali, e não estar ao mesmo tempo, sua importância se resume a uma pequena risada, ou a correr em grupo, algumas vezes até falar um “oi” e só, não sei se é um bom papel, tenho minhas dúvidas.
Em último lugar vem essa figura emblemática: O cara que morre no início do filme, em alguns casos esse personagem tem mais falas do que o figurante, mas é esquecido rapidamente, na metade do filme você nem lembra mais dele, é dispensável, ou seja, parece que não faz parte da história.
A grande questão é que todos estes fazem parte de um mesmo filme, entretanto o valor dado a cada um é extremamente diferente, alguns serão lembrados e outros não.