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Fico pensando comigo mesmo, o quão legal seria suicidar outra pessoa, mas não é possível, já que suicídio vem do latim sui, “próprio”, e caedere, “matar”, e suicidar é o ato intencional de matar a si mesmo. Você deve me achar um louco por pensar que seria possível suicidar outra pessoa, mas o louco é você, que acha realmente que não posso.
Você nunca falou mesmo que eu poderia suicidar outra pessoa não é? E porque diabos você fala que “fulaninho se suicidou”, já que não é possível suicidar outra pessoa. É o tipo de coisa que nunca aceitei no Português. Por que é que eu preciso falar o “se” antes do suicidou? Já que o “se” representa “a si mesmo”.
É diferente de usar o verbo matar: ele se matou. Nesse caso, se eu usar sem o “se”, você não vai entender quem ele matou: ele matou. Sim, mas quem? Entendeu? No caso de matar está totalmente correto, mas e em suicidou. Se eu só posso suicidar a mim mesmo, porque eu preciso informar que estou me suicidando?
No Português seria como se ao dizer “fulano se suicidou” alguém dissesse na verdade “fulano se se suicidou”, ou seja, um pleonasmo, uma redundância, algo na minha humilde opinião desnecessário. Desde mais novo sempre tive essa dúvida, e nunca concordei com o uso do “se” antes de “suicidar”, mas é algo que nossa língua prega. Se você está no colégio, ou mesmo em qualquer lugar, não vá escrever “fulano suicidou”, pois vão dizer que está errado, você pode até argumentar como eu, mas não irão aceitar sua opinião.
Um dia, quando eu for um escritor famoso, vou escrever num livro que “alguém suicidou”, e assim quem sabe eu mude esse problema e essa sentença que não concordo desde que era criança. E quem sabe assim eu não mude o Português, e todo mundo fale do jeito que acho correto. Ao menos irão me chamar de revolucionário.
O que importa por enquanto é que suicidei outra pessoa, e hoje, devido ao nosso português, isso é possível.