Tempo de leitura: 8 minutos
São 6 horas da manhã no relógio, você acorda com o som do seu despertador matinal.
O ar-condicionado começa a elevar a temperatura do quarto a fim de que seu corpo entenda que está na hora de começar mais um novo dia.
As cortinas se abrem, deixando a luz do sol entrar. Ao pegar seu celular, ele te mostra como está o tempo lá fora e que roupa você deve pegar no armário.
Você pergunta à Alexa quais são os compromissos do dia e ela te lembra daquela importante reunião.
No banheiro, você toma o banho com a temperatura ideal para o dia e para ativar suas células.
Ao sair do quarto, a máquina de café já deixou seu café pronto, e seu robô mordomo já preparou seu café da manhã balanceado com o que sua nutricionista passou na sua dieta.
Essa história pode parecer um pouco distópica para sua vida hoje, mas ela é a realidade que dentro de poucos anos a inteligência artificial irá proporcionar.
Entretanto, que vida iremos ter, e como poderemos sobreviver num mundo em que perdemos a maioria das nossas funções para a inteligência artificial (IA)? Onde será aplicada então a inteligência humana?
Precisamos aceitar, o mundo definitivamente nunca mais será o mesmo. As máquinas vão dominar a maioria dos trabalhos monótonos e repetitivos, é inevitável. Tente lutar o quanto quiser, elas irão te vencer.
O que cabe a nós como seres humanos neste mundo pós-moderno é definir qual é nosso novo papel, porque sim, ele irá mudar.
Nosso novo papel no trabalho
Antes de tudo, tenha calma, você só ficará sem emprego se for cabeça dura e intransigente. Se tudo vai mudar, por que não ser um dos primeiros a abraçar a mudança? Foi assim com os datilógrafos, com os cobradores de ônibus, com os caixas de banco.
Agora essa mudança está apenas acontecendo numa dimensão nunca antes vista.
Você pode dizer, “mas que mudança? Meu trabalho continua o mesmo e nada mudou”. Por enquanto! É uma questão de tempo.
O pulo do gato é lembrar do famoso ditado: se não pode com eles, junte-se a eles.
Você precisa começar a entender como a IA pode te ajudar a fazer seu trabalho hoje.
Eu, por exemplo, escrevi esse belíssimo artigo, joguei no ChatGPT e pedi para ele corrigir todos os erros de ortografia. Em alguns segundos ele me devolveu, tudo com acentuado e certinho, tive que apenas revisar o trabalho.
Pergunte-se: qual das minhas atividades é mais repetitiva? Aquilo que é aprendido uma vez e depois repetido várias e várias vezes será facilmente dominado por uma IA.
As imagens deste artigo também foram criadas por uma inteligência artificial, bastou descrever o que eu queria, e ela me deu essas obras de arte.
Atividades que antes demandavam várias pessoas, agora bastará uma pessoa para supervisionar o trabalho da IA e garantir que não haja erros grosseiros.
Em vez de 50 funcionários pagando R$ 2.500 (além dos benefícios) a cada um, eu contrato uma boa IA como o ChatGPT, pago a assinatura que sai por volta de R$ 100, mais um funcionário especialista na ferramenta pagando R$ 10.000, e ainda assim tenho uma economia de 92% no meu custo. Não é uma beleza, ein?
Você pode então ser a pessoa demitida, ou ser o funcionário que ganha R$ 10.000, e que na verdade trabalha para cinco empresas ao mesmo tempo.
Então, se o meu raciocínio estiver correto, não haverá trabalho para todos, certo?
Aí é que precisamos ter muito cuidado, foi essa mesma história que contaram quando implantaram máquinas na agricultura.
Primeiro que num primeiro momento haverá a criação de novas profissões, como o analista de prompt de IA. Segundo que o modelo onde trabalhamos 8 horas por dia durante 5 dias da semana irá morrer.
Porém nós não devemos usar isso e substituir nosso tempo para arranjar outro tipo de trabalho. A inteligência artificial deve estar aí para simplificar a nossa vida.
Se apenas substituirmos um trabalho repetitivo por outro que fazemos só para cumprir horário e dizer que temos uma profissão, então nós falhamos como seres humanos.
O domínio da IA sobre as profissões deve nos dar mais tempo para outras atividades que antes não eram tão executadas.
Devemos ter mais tempo para o lazer, sair numa tarde e caminhar no parque, cuidar da nossa saúde na academia e preparar comidas saudáveis.
Tempo para aprender a tocar um instrumento musical, assistir a um filme e aprender um novo idioma. Tempo para viajarmos o mundo, conhecermos novas culturas e entender que a vida é mais do que trabalhar e pagar boletos.
Se enveredarmos por esse caminho, então nós vencemos.
O grande ganho de produtividade mundial
Com as ferramentas certas, o mundo será mais produtivo, nós seremos mais produtivos. Mas isso não quer dizer mais horas em frente à tela, e sim mais resultado.
Na verdade, o grande objetivo humano deve ser deixar a IA fazer o trabalho duro enquanto nós nos preocupamos com a criatividade, com aquilo que as máquinas não podem copiar.
Uma IA só funciona com comandos, e somos nós quem devemos determinar quais são os comandos que irão nos direcionar para o mundo que queremos construir.
Produzir mais em menos tempo, e com menos esforço. Esse é o comando!
A IA mudará os relacionamentos?
Sim! Tanto os relacionamentos de amizade e familiares, quanto os relacionamentos amorosos.
Todavia, o caminho não é você se relacionar com uma máquina como no filme “Her”, e sim que ela possa facilitar a construção de relacionamentos duradouros.
Com menos trabalho, sobra mais tempo para sair com os amigos, tomar aquela cervejinha, visitar seus pais que moram em outra cidade, e sair para jantar com a pessoa amada e beber um vinho.
Os aplicativos de relacionamento irão te mostrar uma pessoa que tem gostos que combinam com você, mas a construção de algo deve ser no dia a dia.
Um robô mordomo cuidará da limpeza da casa, e você pode então se concentrar em fazer um jantar para seu parceiro, sabendo que a louça depois será lavada pela IA.
A Alexa colocará a playlist certa e com os BPMs de acordo com os batimentos do seu coração para que você dê aquele gás na hora H.
Seu assistente pessoal automatizado lembrará que é aniversário da sua esposa, e já encomendará um buquê de flores para entregar. Mas ei, você quem irá entregar pessoalmente e depois dará um beijo nela.
O que então o mundo ganha?
Mais tempo para atividades que importam.
Há milhares de anos o trabalho não era a atividade principal da humanidade, ainda mais dos nobres. Estar em festas, jantar, ler um livro, ir a uma peça de teatro, era isso que a realeza queria.
Um dia a escravidão foi abolida e essa realeza percebeu que para que ela se mantivesse fazendo o que sempre fez, precisava encorajar seu povo num ideal de trabalho, que o trabalho dignifica que o homem, que passar horas numa fábrica produzindo um carro que você nunca iria poder comprar era o ideal de sucesso.
Se estudasse bastante e tivesse muito sucesso, um dia você poderia subir na carreira, se tornar um gerente, comprar uma casa maior, ter um carro, e assim ter tempo e dinheiro para ir a festas, jantar do bom e do melhor, ler um livro e ir a uma peça de teatro.
E assim, nós vivemos, todos esses anos. Mas o sucesso prometido não chegou para todos.
Nem todos desejam passar horas e horas trabalhando até que um dia sejam consagrados pela roda da fortuna e assim possamos sair da corrida dos ratos.
Nem todos querem ser milionários, ter o carro do ano e uma casa grande para morar. Alguns querem apenas aproveitar cada dia no seu máximo, tendo tempo para cuidar de si mesmos.
A inteligência artificial generativa pode proporcionar isso.
A automatização do trabalho e da vida comum está vindo para mudar o mundo que conhecemos, mas não podemos esquecer do que nos torna humanos.
Não são horas de trabalho, nem o salário que ganhamos.
Ser humano é ser criativo, ser emocional, ser nós.
Trabalhadores do mundo, uni-vos, a nova era está aqui, criemos o mundo que sempre desejamos.
*Este texto não foi escrito por uma inteligência artificial, ainda.