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Quem se anima demais com um momento de euforia pode cometer a gafe de atrapalhar e acabar com tudo, sobretudo se falarmos (e será falado) dentro do cenário de um relacionamento a dois.
Pois bem, é tudo muito bom, muito lindo quando se está apaixonado por alguém, sem negar, até acordar fica melhor. O bom dia fica mais animado, pode-se falar que ficamos até mais educados, os planos para o dia são outros e bem mais animadores, as músicas começam a fazer sentido, o coração acelera, o céu fica mais bonito e as estrelas mais brilhantes, passa-se a observar mais a vida e desejar que ela nunca acabe e que o amor continue preso a ela. Em tudo se espera um pouco mais.
São tantas sensações que o apaixonado fica sem saber como agir e é aí que o problema começa a surgir, fazer morada. A felicidade transborda, e a única coisa de que se tem plena certeza é de querer estar perto do amado (a), encher de beijos, abraçar, proteger para que aquilo tudo não acabe.
Não existe uma fórmula de como se deve proceder, cada um se apaixona por um tipo diferente de pessoa que tem um tipo específico de necessidade e que acaba confrontando com o seu tipo de ser.
Colocar expectativas demais em qualquer que seja a coisa nunca atingiu bons resultados, no universo do amor é meio que proibido usar essa palavra. Que não há fórmula já foi dito, porém existem umas espécies de dicas, observações. Uma delas é manter a calma e viver um dia de cada vez, o que justifica isso é uma ressalva exemplificativa bem verídica: Uma pessoa A está em um relacionamento saudável com a pessoa B, a primeira começa a fazer planos, a pensar no que vai fazer amanhã, ai de repente acaba agora, digamos que por um motivo banal, o que esta vai fazer do amanhã que pensou que fosse de um jeito? Disso surgem as paranoias, os porquês, os deveria e quando para e vê onde está, não é mais no paraíso, mas sim em uma enorme ruína cheia de surpresas, tristezas e lamentos. Cuidado com o que planeja, use esse tempo para viver, agarre a felicidade e faça dela rotina.
Pode parecer um pouco exagerado de minha parte usar a palavra ruína, mas quero que ao ler este texto você sinta o pior sentimento possível ao deixar que essa palavra exista no seu vocabulário, e tenha o sentimento de repugnância que uma criança tem ao se machucar com algo e não voltar mais no local onde se machucou. Quero que sinta a dor ao mencionar a palavra e que não queira nunca conhecer o mal que a vida triste e solitária reserva para aqueles que não sabem amar. Pode até parecer que com isso eu passe a imagem de não acreditar que uma pessoa possa ser feliz “sozinha”, longe disso, mas se não me falha a memória, no começo do texto mencionei que o cenário seria um relacionamento a dois, imaginem isso.
Com as coisas agora bem esclarecidas, deixo o texto seguir sua ideia inicial com outra observação a ser feita, que consiste basicamente em não deixar de se amar. Aquele que não se ama jamais terá a capacidade de projetar amor ao próximo, se não se ama não sabe o que é o amor e torna-se incapaz de amar verdadeiramente. Nunca permita amar o outro mais do que a si mesmo.
Por fim, seja capaz de aceitar as diferenças. Se busca algo idêntico a você, pare! A clonagem não é permitida no Brasil. Creio que o confronto entre o ser de cada um é o que move o relacionamento a dois, é o que dá vida e é o que traz a verdadeira experiência e sabedoria para os envolvidos, ora, se o mundo é tomado por diferenças por que não permitir algumas adaptações? A cada diferença superada é uma nova fase e cada vez que se avança é um passo a mais para o paraíso, para viver melhor e encontrar uma felicidade a mais na vida. Já pensou ver o mundo mais bonito todos os dias? Não se permita viver de maneira ruim, que não enxergue o quão preciosa é a vida, ou que ache que Deus o abandonou, é questão de atitude, de pensar, de agir.
Alcance a sabedoria necessária, aproveite bem o paraíso chamado amor.