Afinal, o que as mulheres querem? (o que Freud não entendeu)

Afinal, o que as mulheres querem? (o que Freud não entendeu)

Tempo de leitura: 6 minutos


Como entender as mulheres? Afinal, o que elas querem?

Por que o pai da psicanálise, Sigmund Freud, afirma não ter entendido elas?

Quer descobrir? O assunto te interessa? Então compartilhe esse post com seus amigos e ajude-os a entender as mulheres. 😀

Prefere esse conteúdo em vídeo? Então clique aqui!

A grande questão que nunca foi respondida, e que eu ainda não tenho sido capaz de responder, apesar de meus trinta anos de pesquisa sobre a alma feminina, é: ‘O que quer uma mulher? (De Sigmund Freud: Vida e Obra por Ernest Jones)

Essa famosa frase, principalmente seu final, é repetida até hoje para justificar que não conseguimos entender as mulheres. Sempre falamos: Mas ora, se nem Freud conseguiu entender, por que eu vou?

Mas para entender primeiro é necessário voltar no passado. Entender o contexto de Freud, e o que de fato ele dizia das mulheres.

Apesar de afirmar não entender as mulheres, Freud foi um dos pioneiros na compreensão da mente humana.

Pai da psicanálise, foi um dos primeiros a tratar mulheres que sofriam de histeria, uma neurose que resulta em instabilidade emocional, podendo se mostrar através de sintomas como cegueira e surdez. E que na época muitos acreditavam ser causados por alterações no útero.

Mas Freud realmente tratou essas mulheres, sem achar que era besteira ou frescura, tentando entender de onde isso vinha.

Porém ele viveu de 1856 até 1939, w a cultura naquela época era diferente, mulheres em muitas países não tinham voz, não podiam estudar, eram criadas para serem mães.

Foi justamente ai que Freud criou sua teoria em que diz que as mulheres sentiam inveja do pênis masculino, e isso as fazia se afastar da mãe e buscar ser amadas pelo pai, em sua conhecida teoria do complexo de Édipo.

Isso tudo quando a mulher ainda nem é mulher, é uma simples criança de três a cinco anos.


No Complexo de Édipo feminino, e nos anos subsequentes, haviam uma busca da mulher pelo pênis masculino, ainda que inconscientemente, para obter o gozo, a ejaculação, o final do ato sexual.

Todavia, entendendo mais a fundo, é importante que fique claro que nessa época a mulher era presa sexualmente. O sexo tinha dois objetivos: satisfazer os desejos do homem, e gerar o filho.

Não havia uma forma da mulher realmente se desinibir na cama e aproveitar o ato sexual, não era assim. E já que não era assim, para Freud o ideal da mulher era ser mãe.

O único objetivo feminino era gerar sua cria e cuidar dela.

Isso fica bem claro quando o psicanalista afirma que a mulher ficava com o homem em busca de proteção, e o homem buscava satisfazer seu desejo sexual na mulher.

Um teoria questionada, e que revela mais um aspecto cultural, do que um aspecto científico. E ele acreditava fortemente nesse ideal da mãe.

Tanto que afirma, em 1925, em “Consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos” que:

“Nós não deixaremos que os argumentos das feministas, que desejam nos impor uma perfeita igualdade de posição e de apreciação dos dois sexos, nos desviem de tais conclusões.”

Se Freud existesse hoje, com toda certeza, seria chamado de machista. Veja o que ele afirma em sua obra “Os primeiros psicanalistas”:

que a mulher não pode ao mesmo tempo exercer uma atividade profissional e cuidar dos filhos

E ainda:

…de fato, as mulheres nada ganham estudando, e isso em nada melhora sua condição de mulher.

Mas afinal, o que quer uma mulher? O que Freud não percebeu?

Antes de te contar preciso dizer que sim, ele teve sua contribuição, ajudou a entender a psiquê humana. Sua obra tem muito valor.

Mas, infelizmente, algumas ideias estão ultrapassadas, como a da mulher. E isso já foi comprovado por muitos outros pesquisadores. Inclusive, todas as referências que me ajudaram a criar esse conteúdo estão no final do texto.

Entenda! Ele viveu numa época totalmente diferente, onde a mulher era vista como um ser inferior, não tinha voz, tinha um papel coadjuvante.

As mulheres que fizeram diferença nessa época eram poucas, e muitas inclusive se escondiam atrás de seus maridos, atuando junto com eles, mas não levando o crédito.

Assim o ideal de ser mãe fazia sentido naquela época. Porque era o único jeito simples e aceito da mulher se sentir importante.

Gerar uma vida, ter alguém para cuidar. Isso a tornava importante.

Numa época de 1ª e 2ª Guerra Mundial, a mulher tinha pouca opção do que fazer.

Então, o que quer uma mulher?

O que todo ser humano quer. O mais básico dos desejos primitivos. Fugir da dor, e buscar o prazer.

Queremos evitar o que nos faz mal, mas buscar o que nos faz bem, e nesse processo nos sentir importantes.

Na época de Freud, uma das poucas maneiras da mulher se sentir importante era sendo mãe. Mas com a mudança da cultura, a mulher pode ser o que quiser, mãe, executiva, empreendedora, cientista, psicanalista. Pode morar só, não casar, viajar o mundo, e até escolher não ser mãe.

O que a mulher quer é o que os homens também querem: evitar passar fome, e realizar os seus desejos, inclusive os sexuais.

O problema é tentar entender as pessoas como se todas fossem iguais. Como se as atitudes de um se repetissem em todos.

Como se toda mulher fugisse do medo buscando a estabilidade de um emprego público.

Não é assim, pessoas são diferentes, e externalizam suas atitudes de formas diferentes. Foi isso que Freud não conseguiu entender.

Não dá para entender as mulheres como um todo, mas dá para entender aquela pessoa em específico. Sua mãe, sua amiga, sua namorada, sua esposa.

E para entender essa mulher, ou mesmo um homem, não é preciso 30 anos de pesquisa, basta apenas entender que fugimos da dor, buscamos prazer e queremos nos sentir importantes.

Agora como a pessoa vai externalizar isso vai depender da nossa cultura, idade, de como fomos criados.

Nossas atitudes são formas de externalizar nossos desejos primitivos, e cada um faz isso de uma forma diferente.

Portanto, podemos sim entender alguém, mas é preciso saber que vamos colocar nosso viés nisso, vamos colocar nosso conhecimento de mundo.

É preciso então entender que o outro não pensa igual a gente, não tem a mesma visão que nós. E se aceitarmos nossa ignorância vamos entende-lo.

O que quer uma mulher, Freud?

O que todas as pessoas no mundo querem: fugir da dor e buscar o prazer.

Até a próxima,
Luciano Junior

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.