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Não sou muito ligado em animais, nem em cães, nem em gatos, nem em qualquer outro tipo. Aliás, quando eu era pequenininho meu padrinho me deu um cão de presente, mas no outro dia minha mãe devolveu, ela disse que quando ele crescesse ficaria enorme e não achava que eu conseguiria cuidar dele.
Porém tive um passarinho, um Sporophila albogularis, popularmente conhecido na minha cidade como golinha, que era do meu irmão e ele me deu quando foi fazer faculdade, mas depois de algum tempo, um ano talvez, Golinha veio a falecer, e minha vida em cuidar de animais domésticos acabou por ali, e o único animal que continuei a cuidar foi eu mesmo.
Tudo isso é para explicar que inexplicavelmente alguns animais sentem um grande apego aos seus donos, um exemplo é o filme Sempre Ao Seu Lado, que é baseado em fatos reais, em que um cão acompanha sempre o seu dono até a estação de trem, retornando ao local no horário em que o dono volta do trabalho.
E para tentar comprovar isso cientificamente a veterinária Lisa Horn, da Universidade de Viena, na Áustria, realizou um estudo. Ela utilizou 22 cachorros, e os separou em três grupos: um terço ficaria sem o dono, enquanto os outros estariam acompanhados por eles – só que parte dos donos deveria ficar em silêncio, e outra parte deveria incentivar os cães a fazer as atividades. E tudo o que os cãezinhos precisavam fazer era interagir com alguns brinquedos, em troca eles ganhavam comida.
Os que estavam com os donos passavam muito mais tempo brincando. Já para o outro grupo nem a comida servia como motivação. A pesquisadora refez o teste, mas dessa vez os donos foram substituídos por pessoas desconhecidas. Nenhum dos cães mostrou muito interesse pelos brinquedos.
Horn então concluiu que esses testes são suficientes para prova a existência da “área de segurança”. Isso quer dizer que os cães se sentem mais seguros e confortáveis quando estão perto dos donos. Sem eles tudo parece tão sem cor.
Basicamente é isso o que acontece entre pais e filhos pequenos. “Esta é a primeira evidência da similaridade entre o ‘efeito de base segura’ encontrado na relação dono-cachorro e na criança-pai”, diz a pesquisadora.
Mais um motivo para quem tem um cachorrinho dizer por ai que ele é o seu filhinho ou filhinha, e que ele/ela é feito uma criança.
Fonte: Super Interessante
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A relação dos cães com os donos não é uma questão emocional ou, tão pouco, racional.
É instinto.
É abismal relacionar a questão pais/filhos com cães/donos.
O que “motiva” o comportamento dos cães é a série de rituais que ele faz.
Sem esses rituais eles não são nada. Então, por isso a ligação forte com os donos. Pois, eles ficam condicionados a seguir rituais.
Essa é,inclusive, a base do adestramento.
Adestramento = condicionamento
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Bom então a relação mãe/filho também é baseada em instinto ou rituais, se fizerem este teste em crianças, fica claro que elas farão a mesma coisa que os cachorros. E se concluir esta linha de raciocínio teremos o resultado de que nós também agimos por instinto.