Game não é cultura!

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Games

A Ministra da Cultura, a excelentíssima senhora Marta Suplicy, disse no dia 19 de fevereiro de 2013, na cidade de São Paulo, a seguinte afirmação: “Eu não acho que jogos digitais sejam considerados cultura.”

O anúncio foi feito após a ministra ser perguntada sobre o que poderia ser comprado com o Vale-Cultura, um novo projeto do governo que visa levar cultura a toda a população brasileira.

O Vale-Cultura é um investimento que pode ser utilizado para todo tipo de cultura, como cinema, teatro, TV por assinatura, circo, livros, DVDs, shows e revistas (de fofoca ou pornográficas, inclusive), mas os games ou jogos de videogame, como preferir chamar, não foram adicionados a esse vale, ou seja, o vale não pode comprar games, porque segundo a Ministra não são cultura.

Mas o que é cultura?

Segundo a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade, simplificando, cultura é tudo o que é produzido pelo homem, desde uma cadeira até a ética.

Sendo assim, o que não é cultura?

Não é cultura tudo aquilo da natureza, desde que o homem não tenha influência nesse meio. Traduzindo, um rio não é cultura, mas se o homem mudar o curso desse rio para abastecer uma população, esse rio passa a ser cultura.

Ou seja, os games são cultura. Mas ainda há outro erro cometido pela própria Ministra:

“A Ministra da Cultura autoriza que o dinheiro investido em produção de games seja deduzido do Imposto de Renda como investimento em cultura, mas não quer que o brasileiro possa comprar games com o Vale-Cultura. Isso é um contrassenso”, protesta Moacyr Alves Júnior, presidente da ACIGAMES, Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games.

Quer dizer, na hora de usar o dinheiro do governo para comprar games eu não posso, mas na hora de pagar impostos por ele eu devo pagar, há algo errado ai. Sendo assim peço ao governo que retire os 72,18% de impostos dos jogos de videogame, afinal eles não são cultura e não valem de nada.

Um dos argumentos da Ministra da Cultura para não incluir jogos de videogame no Vale-Cultura é dizer que eles são violentos, mas filmes podem ser violentos, TV por assinatura pode ter conteúdo violento. Além do mais nem todo jogo é violento, e os violentos também são bons, pois necessitam raciocínio rápido, pois se não pensar rápido morre.

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