Tempo de leitura: 1 minuto
Recentemente os bancos e os Correios estavam em greve. Felizmente nesta quinta (13) a greve dos Correios acaba, mas a dos bancos continuam.
E todo esse tempo que eles estão em greve o Brasil praticamente parou. Pois diversos lojistas e empresas não podiam vender seus produtos já que demorariam a chegar ao consumidor. Além de que também os fornecedores não poderiam enviar a “matéria-prima”, menos nos casos em que enviam através de transportadoras.
Sem contar que empresas deixaram de ser abertas, e casas deixaram de ser vendidas, já que não era possível fazer um empréstimo no banco ou fazer um financiamento.
Muitas pessoas dirão que eles estão lutando por seus direitos, mas vamos analisar os salários. Correios cerca de R$ 1.000, tudo bem, pois eles trabalham embaixo de sol e chuva. Bancários cerca de R$ 1.400, mas eles trabalham sentados em frente a um computador só consultando coisas, sem contar que trabalham apenas seis horas.
Já os garis que não estão em greve ganham cerca de R$ 800, trabalham pesado correndo atrás de um caminhão e jogando lixo. Sem contar o “cheiro” do lixo, já que em alguns lugares os garis não usam máscaras.
Agora me pergunto como ficam as milhares de pessoas que precisam pegar um cartão no banco já que o seu foi bloqueado, ou roubado. Esses sim merecem parar a sua vida por causa da greve dos outros.
Sem contar que diversas agências bancárias não contam nem com o atendimento essencial.
Atualização: Confira o direito de resposta de uma bancária.
Link permanente
trabalhei 29 anos como bancário. Hoje estou aposentado. Li seu texto e lhe garanto: muitas vezes eu quis estar “numa roça, sob o sol, com uma enxada nas mãos e a formiga mordendo no pé”, do que trabalhar no banco. Não que eu não gostasse do que fazia. Só que tem ocasião em que o estresse e a pressão são tantos que a gente quase não aguenta: é cumprimento de metas estapafúrdias, cobrança aos funcionários pela inadimplência dos clientes, reclamações das mais incabidas(sabe como é o “Zé Povinho”), perdas financeiras por erros (diferenças de caixa). Os compromissos na agenda não eram marcados por data e sim por hora. Te garanto: apesar de o expediente ser de 6 horas, eu nunca trabalhei menos de 9 hora por dia! Aí vc vem dizer que gari e carteiro ganham menos e trabalham mais (nada contra esses valorosos trabalhadores), mas se esquece que, para trabalhar em um banco, tivemos que “achatar a bunda” na escola por mais de 15 anos para passar no concurso, e depois, mesmo trabalhando, a gente nunca parou de estudar, se especializar e se atualizar, afinal, em 29 anos, foram quantos planos econômicos? Acho que vc nem lembra disso. Outra coisa: Vc sabe quanto os bancos têm de lucro? procure pesquisar e vai ver a fábula que eles ganham, às custas de nosso trabalho. No meu tempo, uma pequen agência bancária tinha quase 50 funcionários, hoje essa mesma agência tem pouco mais de 10 “empregados”, porque a mecanização comeu todos os empregos, e pra quem foi o lucro?
Link permanente
O problema não está nem tanto na greve. Está no período em que eles fizeram a greve. Primeiro os Correios também estavam em greve, segundo o Brasil passa por uma fase economicamente ruim. E sobre o trabalho uma vez fui no banco e percebi muitos bancários sem fazer nada, alguns entravam dentro do prédio e voltavam meia hora depois sem ter feito nada. Claro que existem bancários compromissados, mas nem todos são assim.
Link permanente
Luciano
Acho que a internet é um lugar importante, pois todos podem escrever o que quiserem, do jeito que quiserem, da maneira que quiserem, tudo é generalizado, banalizado e busca-se aproveitar o momento para tentar aparecer a custa de algo que está na moda.
Tenho certeza absoluta que o senhor buscou no site da Contraf, por exemplo, quais as reinvindicações dos bancários, e o motivo da greve. Ou não?
Muitas das conquistas adquiridas pelos trabalhadores (de todos os ramos) foram adquiridas graças a esses “não compromissados” que lutaram por seus direitos e quem teve a ganhar foi a sociedade como um todo.
Por fim, infeliz declaração essa de que “eles trabalham sentados em frente a um computador só consultando coisas, sem contar que trabalham apenas seis horas”, mais uma compravação da total falta de responsabilidade na hora de publicar, uma visão superficial e sem conhecimento de causa. Sinceramente? Para mim, ficar na frente do computador, consultando coisas, (e escrevendo besteiras, como plus!), parece mais a profissão de blogueiro.
Fernando
25 anos, bancário.